Thursday, April 28, 2011

Mighty Jesus: The Movie

Ateu é alguém que acredita em um deus a menos que a maioria das religiões.
Estados Unidos, 4 de julho de 2738
A Catholic Pictures e a Marvel Entertainment apresentam a aventura épica "Jesus", que mostra a Terra e o Ceú do Universo Marvel nos dias de hoje. No centro da história temos o Poderoso Jesus (Christ Hemsworth), um poderoso guerreiro arrogante cujas ações imprudentes reacendem uma antiga guerra no reino do seu pai.
Jesus é exilado na Terra por seu pai Deus (Sir John Paulus III), forçado a viver entre os humanos como forma de castigo. Uma cientista, bela jovem, Maria Foster Madalena (Angelica Jolie), se afeiçoa profundamente pelo filho de Deus, e se torna seu primeiro amor. É quando, aqui na Terra, Jesus aprende o que é preciso para ser um verdadeiro herói, o mais perigoso vilão do seu mundo, Satan, envia as mais sombrias forças do Inferno para invadir a Terra. Com a ajuda de seus 12 companheiros Jesus cometerá seu sacrifício final em nome de toda a humanidade.

Não duvido que tenham por ai alguns perdidos crentes nos antigos deuses nórdicos. Imagino o quão ofendidos eles ficariam ao ver este filme estreando nos cinemas. Acho curioso como a mitologia do passado é considerada boba, se eu disser que acredito num deus do trovão vou ser motivo de riso, mas se eu disser que acredito em milagres, na transubstanciação da hóstia, que um cara morreu e voltou três dias depois, que o universo foi criado por um ser que é três ao mesmo tempo(?)... totalmente normal. Mitologias tem em todas as épocas e nós renovamos as nossas a cada geração. Centenas de coisas que qualquer evangélico considera super normal hoje há meros 40 anos era o maior dos pecados! Mas não tem problema porque as coisas que há 40 anos as pessoas achavam o maior dos pecados não tem nada a ver com Jesus, Deus ou até com a bíblia. Se você acredita em alguma divindade, qualquer que seja, deveria se sentir ultrajado ao ver esse filme do Thor no cinema, ora, se eles fazem isso com o Deus dos outros o que vai impedir de eles fazerem com o seu Deus no futuro! Vamos continuar nos renovando, então pode esperar o blockbuster do verão de 2738: "The Mighty Jesus". A única solução é o total boicote a este filme religioso. Solidariedade aos nossos irmãos crentes!!
Obs: Ouvi dizer que eles tem uma sequência já em pré-produção: "Jesus: Ressurrection". Parece que Jesus não morre de verdade no final do primeiro filme e volta no segundo jurando vingança. Sério, essas historinhas de voltar dos mortos que esse pessoal dos quadrinhos inventa já era velha no século XXI.

Mais informações sobre o filme Thor: http://thor.marvel.com/intl/br/

Monday, April 25, 2011

Exemplos Game

Esse post complementa o post anterior, existem alguns momentos que não poderiam ser passados, com essa intensidade, em nenhum outro meio, me vem a mente:

Quando o soldado americano, um dos dois personagens que você controla em Call of Duty 4: Modern Warfare sofre um acidente de helicoptero e você é obrigado a controlar o personagem se arrastando pelo fogo, por corpos do que sobrou do seu pelotão, e você continua, continua... até a inevitável morte. Dura séeeeeeculos... Você não espera que um dos seus protagonistas, um dos heróis, morra no meio do filme e é isso que acontece aqui. Você acompanha os últimos dolorosos instantes debaixo da pele deste personagem antes dele morrer. Intenso... acho que faz você pensar sobre a morte, sobre a guerra.

Outro momento que não passaria em nenhum outro meio é o final de Metal Gear 3: Snake Eater em que somos obrigados atirar em nosso "mestre" profissional e emocional. O tiro que somos obrigados a colocar na The Boss nos coloca junto com Snake no altar de sacrifício. O cinema pode, com truques de câmera, tentar te colocar na posição difícil do personagem principal, mas apenas o jogo pode colocar você como a mão que puxa o gatilho. O jogo não continua se você não atirar, é como se o filme parasse esperando nossa decisão.

Depois de jogar games de terror filmes de terror perderam totalmente o sentido. Não que eu adore games de terror mas a sensação de medo é muito mais intensa quando você está no ilusório controle daquele personagem, como em Silent Hill, Dead Space e Penumbra (Resident Evil não é mais terror:P)

Mas além de trazer emoções fortes como nos melhores filmes ou livros alguns jogos também se sobressaem naquilo que é único a eles, na jogabilidade. As vezes o simples "passar de fase" é tão complexo que mesmo ao assistir nós dá um prazer como o de analisar uma inteligente partida de xadrez. Ficamos satisfeitos intelectualmente. Alguns jogos dessa categoria que lembro são Portal (um jogo feito por uma equipe de 8 pessoas que é simplesmente genial) e VVVVVV (feito por uma equipe de UMA(!!!) pessoa, também genial e simples, exige alguma habilidade). Estes jogos são videogame na sua forma pura, jogabilidade intensa e ambientação perfeita.

Outro jogo que beira ao educativo são os de simulação (menos o the Sims). Simulação de hospital, de cadeia, de castelo, de cidade, de tráfego, de trem, de comércio... vixe. Tem alguns que são tão complexos quanto possível sendo impossível entrar no game e sair jogando (como os da Paradox). Esses são geralmente muito informativos e, se bem feitos, podem provocar mudanças de pensamentos e atitudes. Meu favorito ainda é Civilization, os mais novos são menos profundos mas ainda vale.

Além desses jogos que fazem você pensar existem vários outros que exigem pouco ou nenhum raciocínio mas que exigem uma incrível habilidade no controle. Para se ter uma ideia do que é isso procure no Youtube "Guitar Hero Insane Difficulty". Não sou interessado nesse tipo de ginástica para os dedos, assim como não sou tão interessado em recordes de quem pula mais alto, ou joga uma pedra mais longe, se for chauvinismo intelectual, que seja.

E claro que existem centenas de jogos que são apenas divertidos com roteiros rasos, personagens rasos, ambientações rasas, que não exigem nem ginásticas com os dedos nem quebra cabeças de outro mundo. Todos os jogos de esporte, todos os jogos de corrida, todos os jogos de luta, todas as centenas de cópias de Counter-Strike... Poderia continuar por dezenas de linhas, quase todos os jogos se encaixam aqui, são os blockbusters do cinema, é difícil achar um filme que tenha custado mais de 100 milhões de dólares que seja "arte", mas sempre existem exceções. Isso não quer dizer que esses jogos não sejam divertidos, estimulem alguma coisa, que você possa aprender alguma coisa com eles, mas o objetivo principal é simplesmente passar o tempo e obter alguma diversão (como jogar paciência com uma historinha amarrando e gráficos fantásticos).

Games arte

Tenho discussões homéricas com um amigo meu mais velho que perdeu o bonde da era do VideoGame. São uma mídia como o Cinema, Música, é um tipo de arte? Pode ser? Tem valor estético, intelectual, artístico, educacional?
Eu acredito que tem seu valor como qualquer um desses outros meios mas que por algumas características intrínsecas suas qualidades são mais difíceis de destilar que nas outras formas de arte "maiores" ou "tradicionais". O principal fator contra na minha opinião é a íntima ligação entre videogames e tecnologia. Podemos imaginar que um inteligente e criativo leitor, após centenas de livros, pode aprender o suficiente para que se torne um escritor de sucesso sem nunca ter lido um livro sobre a arte do romance. As ferramentas para escrever um livro estão ali a sua disposição e, com alguma sorte e empenho, ele pode até produzir um best-seller. Isso é verdade para artes gráficas e em menor grau para o cinema e a música (estes requerem alguma tecnologia e/ou teoria para serem bem sucedidas). Já um gamer que passou 6 horas por dia durante 5 anos não tem a capacidade de fazer um game best-seller. Com algum estudo ele quem sabe possa fazer um jogo Indie bem sucedido, mas nunca alcançara o grande público sem alguns milhões de doláres. As grandes empresas de games não tem interesse em fazer obras de arte assim como as empresas de cinema não tem esse interesse.
Ok, vamos escancarar um fato, jogos realmente bons a ponto de poderem ser considerados arte são raros, muito raros. Ao ler uma crítica de um jogo com nota 9 e 10 nesses sites de games eles citam como o jogo é balanceado, divertido e bonito. Ok, isso é importante, mas não o torna realmente bom. Essas características me parecem um sudoku com gráficos bonitos, serve para passar o tempo. Definir o que é arte é sempre difícil, mas posso atestar que precisa causar um impacto no espectador, fazer pensar e/ou emocionar.
Em meio ao mar de cópias de Counter-Strike, tentativas de emular GTA e cópias de God of War as vezes surgem alguns jogos que merecem uma atenção. Os melhores jogos que joguei, afinal de contas, foram super-produções de milhões de dólares que tiveram alguma força criativa por trás que conseguiu unir o útil (lucro) ao agradável (arte).
A possibilidade de você atuar na história, de não só acompanhar aquele personagem como também vivê-lo, é muito forte.
Existe uma organização que acredita no poder de transformação dos jogos:
http://www.gamesforchange.org/
Posso não concordar com eles mas é uma tentativa de aproveitar o potencial dos games para algo produtivo. É um começo.
Falta uma empresa alternativa como a Participant que invista em videogames que vão além do padrão.

Wednesday, April 20, 2011

Palestras TED

Nesses últimos meses tenho visto diversas palestras no site ted.com
É estimulante assistir algumas dessas pessoas falarem, mesmo quando discordo do que está sendo dito ainda é dito por alguém inteligente e com certa eloquência. Recomendo se perder lá clicando em palestras aleatórias a qualquer um.
Aqui esta a lista de quase todas as que já vi com um brevíssimo comentário.

Bill Clinton on rebuilding Rwanda (boa)
Richard Dawkins on militant atheism (boa)
Richard Dawkins on our "queer" universe (boa)
David Deutsch on our place in the cosmos (ruim)
Jonathan Drori on what we think we know (muito boa)
Jonathan Drori: Why we're storing billions of seeds (Fantástico!)
Denis Dutton: A Darwinian theory of beauty (legal)
Helen Fisher tells us why we love + cheat (muito boa!)
Jason Fried: Why work doesn't happen at work (não me convenceu)
Bill Gates on mosquitos, malaria and education (EXCELENTE!!!)
Bill Gates on energy: Innovating to zero! (Muito boa!)
Murray Gell-Mann on beauty and truth in physics (média... coisa de físico teórico)
Karen Armstrong makes her TED Prize wish: the Charter for Compassion (fraca)
Karen Armstrong: Let's revive the Golden Rule (fraca)
Sam Harris: Science can answer moral questions (não me convenceu, meio que força a barra)
Steve Jobs: How to live before you die (legal, divertida)
Matthieu Ricard on the habits of happiness (ruim, simplista, não me convenceu)
Devdutt Pattanaik: East vs. West -- the myths that mystify (hummm é interessante esta mas ainda sim acho que ele simplifica demais e estereotipa as culturas)
James Watson on how he discovered DNA (divertida)
Michael Specter: The danger of science denial (muito boa, excelente!!)
Pawan Sinha on how brains learn to see (muito boa, tocante, excelente)
Ananda Shankar Jayant fights cancer with dance (não é meu estilo, interessante)
Michael Shermer on strange beliefs (boa, nada demais)
Michael Shermer: The pattern behind self-deception (nada demais)
Mallika Sarabhai: Dance to change the world (ruim)
Anupam Mishra: The ancient ingenuity of water harvesting (fantástica, muito boa)
Eric Mead: The magic of the placebo (curioso, nada demais)
Scott McCloud on comics (esperava mais, legal)
Steven Levitt on child carseats (muito interessante, não sei se é verdade, mas interessante)
Steven Levitt analyzes crack economics (também muito divertida e interessante)
(Deu pra ver que estou viciado nisso?)
Kevin Kelly tells technology's epic story (Muito ruim, idiota, simplista)
Steven Pinker on the myth of violence (muito bom)
Beau Lotto: Optical illusions show how we see (nada de novo, não sei se eu concordo)
James Randi's fiery takedown of psychic fraud (nada de novo, mas o randi é sempre engraçado)
Jaime Lerner sings of the city (a palestra foi meio bizarra, conhecendo curitiba as coisas que ele fala não parecem tão promissoras assim, claro que tem seu mérito)
Jimmy Wales on the birth of Wikipedia (também, nada de particularmente novo mas a Wikipedia RULES!!!)
Graham Hill: Why I'm a weekday vegetarian (interessante proposta, deveria ser mais difundida, pode dar certo)
Robert Wright on optimism (interessante)
Robert Wright: The evolution of compassion (melhor que a outra dele, nada de muito revolucionario pra mim mas pode ser um interessante ponto de entrada pra quem não conhece ele)
Jonathan Drori: Every pollen grain has a story (essa é a mais fraca dele mas ainda boa)
Sergey Brin and Larry Page on Google (nada demais, desatualizada)
Johnny Lee demos Wii Remote hacks (Muito legal!! Original!!)
Al Gore on averting climate crisis (legalzinha)
Al Gore's new thinking on the climate crisis (legalzinha)
Al Gore warns on latest climate trends (Com certeza o aquecimento global é uma ameaça terrível a vida na Terra mas não sei se o método que o Gore quer usar seja o mais adequado, se ele será eficiente ou possível. Necessita de uma mudança radical na cabeça das pessoas, políticas governamentais agressivas. Uma idéia que nem a do Gates de fazer algo que seja lucrativo e seguir dai me parece muito mais passivel de dar certo).
Dan Gilbert asks, Why are we happy? (muito boa)
Ze Frank's web playroom (bem legal essa!)
Julia Sweeney on letting go of God (boa)
Jamie Heywood: The big idea my brother inspired (muito interessante!!)
Pranav Mistry: The thrilling potential of SixthSense technology (fantástico!)
Pattie Maes and Pranav Mistry demo SixthSense (legal, mas a de cima é bem melhor)
Ray Anderson on the business logic of sustainability (esse cara é muito foda, me da tristeza em ver como no mundo há pouco como ele)
Barry Schwartz on the paradox of choice (eu entendo o que ele quer dizer mas não entendo como ele planeja tirar a opção de escolha das pessoas, droga, a partir do momento em que vc realmente acha aquele par de jeans é melhor que o anterior não tem mais volta, vc no mínimo vai querer aquele par de jeans e se todos gostassem desse par de jeans só ele ia vender, mas não, todos os outros ainda estão a venda então? Quem vai escolher qual par de jeans eu devo usar?)
George Whitesides: A lab the size of a postage stamp (genial, inspirador)
Sir Ken Robinson: Bring on the learning revolution! (esta palestra me deixou com a pulga atrás da orelha, como essa revolução seria feita? Qual modelos ele está advocando? Descobrir no que as pessoas são boas e o que elas querem fazer não é um problema específico do metodo de ensino mundial mas é um problema sem resposta. É triste que muitos trabalhem em empregos que odeiam mas todos nós precisamos de catadores de lixo, zeladores, analistas e vários outros empregos que as pessoas não querem trablhar. Nem todos podem ser dancarinos mesmo que descubramos que um em cada cinco pessoas do mundo são dancarinos geniais! Criticar é fácil. Eu acho que o ensino tem outro problema que é não conseguir ensinar nem o que pretende ensinar, o conteúdo poderia mudar, mas a mudança que ele fala aqui é muito mais profunda. Substituir por "o que" já é difícil e nem estou entrando no mérito de "é possivel fazer?")
Ken Robinson says schools kill creativity (muito engraçado, inspirador, dá muita coisa pra pensar)
Barry Schwartz on our loss of wisdom (outra palestra que me deixou com a pulga atrás da orelha. Não gosto desse palavra "wisdom". Os modos que ele diz que vamos trazer moral as pessoas, sei lá discordo de tudo. Mas ainda é interessante)
Dan Ariely asks, Are we in control of our own decisions? (fantástico, engraçado, muito bom!!!)
Dan Ariely on our buggy moral code (fantástico, engraçado, muito bom!)
Erin McKean redefines the dictionary (legal)
Johanna Blakley: Social media and the end of gender (médio)
Mary Roach: 10 things you didn't know about orgasm (Algumas coisas curiosas)
Jane McGonigal: Gaming can make a better world (Essa mulher é doida... mas divertida.)
Eric Whitacre: A virtual choir 2,000 voices strong (Muito bonito)
Theo Jansen creates new creatures (Esse cara é meio loko... mas engenhoso.)
Malcolm Gladwell on spaghetti sauce (Engraçado e curioso, o total oposto do "paradox of choice".)
Roger Ebert: Remaking my voice (tocante)
Morgan Spurlock: The greatest TED Talk ever sold (muito divertido, a ideia tb é interessante, se funcionar claro)
Jeff Skoll makes movies that matter (mais pessoas deveriam ser assim)
J.J. Abrams' mystery box (ótimo contador de histórias mesmo aqui numa palestra de 20 min)
Mike deGruy - Hooked by an octopus (o oceano é uma coisa fascinantee é incrível como é negligenciado. Imagino que as próximas gerações olharão para a nossa assim como nós olhamos para os desbravadores do início do século XX que destruiram florestas inteiras, como a mata atlântica. Eles nem tinham noção da desgraça que estavam fazendo, e nem nós temos noção de quanto estrago estamos fazendo aos oceanos.)
Robert Ballard on exploring the oceans (fantástico, inspirador)

Ronaldinho e a ABL

Já é notícia da semana passada mas francamente...

http://uolesporte.blogosfera.uol.com.br/2011/04/12/homenagem-a-ronaldinho-gaucho-pela-abl-vira-piada-no-twitter/

Friday, April 08, 2011

Texto paradoxal (faça o que eu digo não faça o que eu faço)

Eu apenas passei os olhos pela noticia da tragédia acontecida na escola do Rio ontem, quando aconteceu... não é o tipo de coisa que me interessa ou sequer choca... Mas se eu planejo viver uma vida social minimamente ativa percebi que teria que ao menos me inteirar um mínimo sobre isso queira eu ou não. E sabe.. tudo esse circo midiático me incomoda, as pessoas chorando e dizendo que é o fim dos tempos como se isso nunca tivesse acontecido antes e que não vai acontecer no futuro. Os pseudo-repórteres retardados entrevistando a prima da dona do cachorro do vizinho do assassino e ela fala: "Ele era estranho... ficava sozinho.." (descrição de 14,93% da população jovem brasileira... 79,41% da população nerd, 83,27% da população emo, fonte: a mesma que a mulher entrevistada usou pra dizer que ele era "estranho" TIREI DO MEU CÚ!!).
Puta merda viu... E os jornais então... ficam atirando pra todos os lados, é uma caça as bruxas com metralhadoras! A família dele era testemunha de Jeová, o islamismo, sexualidade (devia ser virgem/gay/estuprado), um "expert" dos EUA disse que é obvio que ele sofria bullying na escola... enfim é tentativa eterna da humanidade de achar sentido em algo que não tem, assim como na vida ou tudo mais.
Li no LLL : Um jornalista falou: "Com certeza precisamos descobrir a quais sites ele teve acesso na internet". Que tal todos? (menos os com senha). E ainda bem que ele queimou a casa dele... senão iam achar o Alcorão do primo dele, ou aquela edição antiga de Vampire: RPG que ele jogava quando era mais jovem, ou achavam uma copia de Crysis no cpu dele e PRONTO! Tudo agora faz sentido! Foram os islâmicos, foram os rpgistas, foram os jogadores de videogame! Se acharem uma copia de "Receitas de Empada da Dona Vera" ninguém vai às ruas com "Morte a Dona Vera! Acabem com as Empadas!"
E revelam a carta do assassino na net, mais um passo para a glorificação do individuo, dai o próximo luzer sem vida com tendências narcisistas vê isso e pensa... "dai eles vão me ouvir!". Porra meu... quer ajudar mesmo? O melhor método para acabar com esse tipo de loucura? Pare de falar dessa merda, desligue a TV quando aparecer mais uma reportagem que não vai informar nada, não leia o décimo artigo sobre a teoria ridícula do assassino. Com certeza os familiares e amigos vão agradecer a privacidade e o interesse das pessoas que realmente podem fazer alguma coisa. Se desse pra eu fazer alguma coisa (doar sangue, ajudar na investigação, voltar no tempo...), mas não posso, sorry, já foi. O melhor jeito de prevenir essa merda é não glorificar esse retardado rpgista, emo, nerd, islamico, testemunha de Jeová (ao mesmo tempo?!), gamer, geek, vitima de bullying/estupro/pobreza/insanidade/empadas.... Vai saber né...